Algo fundamental para qualquer equipe e qualquer empresa é a CONFIANÇA, especialmente naqueles momentos mais difíceis.
A necessidade de confiança ficou ainda mais evidente quando demos de cara com essa loucura chamada “Pandemia do Covid-19”, além de todos os desafios já enfrentados nos últimos anos.
À frente da Unimed Fortaleza, uma grande cooperativa médica e operadora de planos de saúde, tivemos que colocar muitas de nossas pessoas na linha frente, lutando contra um inimigo desconhecido que estava assolando o mundo.
Ficou muito óbvio que só estrutura, remuneração e equipamentos de proteção individual não bastariam em um momento tão difícil.
Como líder, a visão era: cuidar das pessoas certas, nos lugares certos, para que adquirissem a tal da confiança.
Há algum tempo, já temos estudos e pesquisas sobre esse tema. Como exemplo, cito duas publicações que gosto bastante.
A primeira é um artigo do Professor Alex Edmans, da London Business School, de título “The Link Between Job Satisfaction and Firm Value, with Implications for Corporate Social Responsability” – Academy of Management Perspectives 26(4), 1-19, November 2012.
Como o título mostra, o artigo trata da ligação entre a satisfação no trabalho e o valor das empresas, com implicações na responsabilidade social corporativa.
Neste artigo, o autor mostra que as 100 Melhores Empresas para se trabalhar da lista da Fortune tiveram resultados no mercado de ações 2,3 a 3,8 vezes maiores que as concorrentes por 27 anos seguidos, de 1984 a 2011.
E, sabe o que está trás dos fortes resultados destas empresas listas em bolsa? Uma cultura de alta confiança.
Já no artigo “The Neuroscience of Trust” (“A Neurociência da Confiança”), da edição de janeiro-fevereiro de 2017 da Harvard Business Review, o autor Paul J. Zak compara companhias onde pessoas têm alta confiança com companhias onde as pessoas demonstram ter baixos níveis de confiança. Os resultados são impressionantes.
Nas empresas com altos níveis de confiança, observou-se 74% menos estresse, 106% mais energia no trabalho, 50% mais produtividade, 13% menos dias de afastamento por doença, 29% mais satisfação das pessoas com suas vidas e 40% menos Burnout. São, realmente, números fortes, que impressionam.
Mas, o que está por trás de uma cultura de alta confiança? Na minha opinião, três pilares: credibilidade, respeito e justiça. E, para que essa cultura seja estabelecida, os líderes têm um papel de fundamental importância.
Enfim, é fundamental que as empresas busquem ambientes onde as pessoas têm alto nível de confiança. Isso traz excelentes resultados e, mais que isso, é bom para as pessoas, para a empresa e para o mundo. E o líder é peça-chave nessa história toda.